quinta-feira, 6 de abril de 2017

TIRAR BOLSONARO DO PARLAMENTO E DA SOCIEDADE: ELE É UMA DOENÇA CONTAGIOSA

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Dizer que os quilombolas não servem nem pra procriar é engano seu. Resistimos aos navios negreiros, à escravidão e somos hoje cerca de 6 mil comunidades quilombolas em todo território nacional. Trabalhamos para construir o Brasil, inclusive na condição de escravizados por mais de 300 anos

Acordar e visualizar um ataque brutal, por alguém que infelizmente ocupa um lugar de representação do povo no parlamento brasileiro, é experimentar mais uma vez as dores da escravidão. Inconformado por não poder escravizar o povo negro e indígena, se vale do dinheiro público para propagar seu racismo, sua homofobia e seu ódio. Quem faz apologia ao estupro, à violência com declarações criminosas e estimula o genocídio, o etnocidio e elogia aqueles que torturaram e mataram durante a ditadura militar, só pode receber do povo brasileiro e do mundo, o desprezo e o pedido para que a justiça o puna conforme a Lei 7.716 de 5 de janeiro de 1989 que prevê ato de racismo como crime inafiançável e imprescritível. Não é possível aceitar que as pessoas ouçam um ataque dessa natureza e ainda o aplaudam. Bolsonaro é uma doença contagiosa e tem que ser retirado imediatamente do meio da sociedade. Dizer que os quilombolas não servem nem pra procriar é engano seu. Resistimos aos navios negreiros, à escravidão e somos hoje cerca de 6 mil comunidades quilombolas em todo território nacional. Trabalhamos para construir o Brasil, inclusive na condição de escravizados por mais de 300 anos e mesmo com o fim do regime escravista, continuamos sendo explorados. As comunidades quilombolas lutam diuturnamente para manter viva sua cultura e permanecer em seus territórios. Nós quilombolas não devemos nada a Bolsonaro. É ele e seus descentes quem nos devem. Resistiremos sim e não vamos nos calar. BOLSONARO É RACISTA E RACISMO É CRIME INAFIANÇÁVEL E IMPRESCRITÍVEL.
Givânia Silva, quilombola, membro da CONAQ, ex. Secretária Nacional de Políticas para as Comunidades Tradicionais e doutoranda do curso de sociologia da UNB.

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