terça-feira, 11 de abril de 2017

Após perguntas sobre Aécio, Moro dá pití e encerra a entrevista nos EUA

O vídeo, publicado nesta segunda (10) pela BBC Brasil, mostra Moro incomodado com as perguntas espinhosas que foram pipocando ao longo do bate-papo, a ponto de pedir que pedir para que a entrevista fosse encerrada antes do previsto.


fonte http://www.plantaobrasil.net/news.asp?nID=97165&po=s

Entrevista completa: http://www.bbc.com/portuguese/brasil-39552295

“Como a Lava Jato consegue descobrir o maior esquema de corrupção do Brasil, mas não consegue controlar os vazamentos?”

Não foi “um equívoco” quebrar o sigilo do blogueiro Eduardo Guimarães, com a desculpa de que ele não é jornalista?

O senhor não se arrepende de tirar foto sorrindo ao lado de Aécio Neves (PSDB), dando “munição” àqueles que alegam que a Lava Jato é parcial e usada como instrumento político? O senhor não vê conflito ético nesse episódio?


O que acha da proposta de Rodrigo Janot para criminalizar a famosa carteirada (uso de cargo público para obter vantagem pessoal) e abuso de imprensa (exploração de meios de comunicação, por autoridades que atuam em investigações e julgamentos, para divulgar casos e antecipar juízo de culpa sobre o acusado/investigado)?

As perguntas que o jornalista Ricardo Senra, correspondendo da BBC Brasil em Washington, fez em um encontro exclusivo com Sergio Moro, durante a passagem do juiz símbolo da Lava Jato pela Harvard Business School, em Cambridge, deixou o magistrado visivelmente desconfortável.

O vídeo, publicado nesta segunda (10) pela BBC Brasil, mostra Moro incomodado com as perguntas espinhosas que foram pipocando ao longo do bate-papo, a ponto de pedir que pedir para que a entrevista fosse encerrada antes do previsto. 



O desconforto de Moro começou quando o jornalista pergunta se ele não acha um “conflito ético” ter tirado fotos ao lado de Aécio Neves e Michel Temer, quando ambos são citados em delações da Lava Jato.

Moro respondeu, sorrindo, que não, pois o senador tem foro privilegiado e não tem qualquer possibilidade de ser julgado na primeira instância. Tampouco teriam, ali naquele evento com Temer, discutido qualquer caso que envolvesse a Lava Jato.

Depois dessa rodada, Moro foi questionado sobre a proposta da Procuradoria Geral da União para o projeto de lei contra abuso de autoridade. Apesar de ter participado de vários encontros promovidos no Congresso para debater o tema, Moro limitou-se a responder que não estava “suficientemente informado” sobre a proposta para emitir opinião.

Foi aí, por volta dos 6 minutos de vídeo, que ele olhou o relógio e disparou: “Vamos fazer o seguinte, viu? Mais uma pergunta e a gente encerra.”

Durante a entrevista, Moro também negou que a Lava Jato tenha caráter parcial; disse que alguns dos vazamentos criticados, na verdade, não foram vazamentos porque eram informações relacionadas a processos que deveriam ser de conhecimento público (caso de Lula) e negou-se a responder sobre a repercussão negativa da condução coercitiva de Eduardo Guimarães, pois trata-se de investigação pendente.

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