sábado, 28 de fevereiro de 2015

Bancada comunista quer manter regras do seguro-desemprego




Em reunião com ministros do governo Dilma sobre ajustes econômicos, parlamentares defenderam direitos dos trabalhadores e tributação de grandes fortunas.
Bruno Trezena/Ascom Jandira Feghali
Bancada comunista se reúne com ministros para tratar de pacote econômico
A Bancada do PCdoB na Câmara dos Deputados se reuniu com ministros do governo Dilma, na manhã de quinta-feira (26), para tratar das Medidas Provisórias 664 e 665, que mudam as regras na concessão da pensão por morte e do seguro-desemprego, respectivamente. As MPs fazem parte das ações anunciadas pelo Executivo no final de 2014 para gerar uma economia nos cofres públicos de R$ 18 bilhões em 2015.
O encontro ocorreu no Palácio do Planalto e teve a participação dos ministros Miguel Rossetto (Secretaria Geral), Pepe Vargas (Relações Institucionais), Nelson Barbosa (Planejamento), Carlos Gabas (Previdência) e Manoel Dias (Trabalho). A ideia é articular apoio das bancadas na Câmara para as propostas apresentadas pelo Executivo.
O PCdoB é a primeira legenda na Câmara a ser recebida pela equipe ministerial no debate sobre o pacote fiscal anunciado pelo Ministério da Fazenda. A Bancada tem se posicionado publicamente contrária aos ajustes nos direitos sociais do trabalhador, principalmente no que se refere ao seguro-desemprego. A posição não foi diferente na reunião.
A deputada líder do PCdoB, Jandira Feghali (RJ), reconheceu o esforço do governo em aproximar o diálogo do Parlamento, mas criticou a proposta de aumentar o acesso ao seguro-desemprego de 6 para 18 meses.
“A massa trabalhadora, principalmente a jovem, não pode ser atingida pelo ajuste fiscal com tamanha violência. É preciso sinalizar o ajuste também para os mais ricos”, disse Jandira, adiantando a proposta de tributação de grandes fortunas.
Para ela, “há caminhos para que se possa tributar com justiça quem tem mais patrimônio no país”, como o PLP 10/2015. “O modelo tributário progressivo é urgente. Hoje, o cidadão tem um fusca e paga IPVA de 4%, mas quem compra um helicóptero ou uma lancha nada paga”, enfatiza.
Os deputados Aliel Machado (PR) e Davidson Magalhães (BA) reforçaram a posição da liderança na mesa. Para Aliel, a juventude será a maior atingida. “Ampliar a carência é permitir que essa faixa etária fique de fora do auxílio.”
O vice-líder do governo na Câmara, deputado Orlando Silva (SP), mostrou a necessidade de esclarecer à população as medidas a serem tomadas. “Não se pode permitir que o discurso seja o da oposição ou de parte da mídia, que distorce a decisão tomada pelo governo nos ajustes econômicos”, afirma.
A Bancada sinalizou a necessidade de flexibilizar algumas regras e considerou apoiar as modificações na pensão por morte e na expansão ao Sistema Único de Saúde (SUS) da perícia médica em acidente de trabalho. Uma nova reunião ainda deve ser feita na próxima semana para continuidade do debate. Também estiveram presentes os deputados Alice Portugal (BA), Carlos Eduardo Cadoca (PE), Chico Lopes (CE), Daniel Almeida (BA), Jô Moraes (MG), João Derly (RS), Luciana Santos (PE), Rubens Pereira Jr (MA) e Wadson Ribeiro (MG).
*Com informações da assessoria da parlamentar
Por: Da Redação 

Um comentário:

  1. A Bancada do PCdoB na Câmara dos Deputados se reuniu com ministros do governo Dilma, na manhã de quinta-feira (26), para tratar das Medidas Provisórias 664 e 665, que mudam as regras na concessão da pensão por morte e do seguro-desemprego, respectivamente. As MPs fazem parte das ações anunciadas pelo Executivo no final de 2014 para gerar uma economia nos cofres públicos de R$ 18 bilhões em 2015.

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