domingo, 10 de novembro de 2013

O legitimo ódio da classe operaria e do povo pobre

Imaginamos uma guerra onde um exercito invade uma cidade inimiga, corta as orelhas e os nariz dos homens, mata os idosos, escraviza – as crianças e estupra as mulheres.  Num provável reencontro entre estes dois exercito, o setor que foi humilhado pelo inimigo ira com toda força para guerra pois o sentimento de ódio falara mais alto e com isso esse fator moral vai fazer com o exercito que foi humilhado destruir o seu inimigo que o humilhou. De acordo com Maquiavel, o exercito que conquistar o seu território massacrar e humilhar a população local terá a sua conquista arruinada.


Não podemos negar que os teóricos que pensaram a guerra tiveram a sua grande importância para a política, até porque a própria guerra é a política por outros meios. Importante também dizer que os autores que pensaram sobre a Guerra, influenciaram para além do conflitos entre as nações e tiveram grande contribuição para pensadores revolucionários como Lênin e Leon Trotsky.  Se Clausewitz e outros autores pensaram a Guerra entre países, Lênin e Trotsky aproveitaram a importância destes autores e alinterpretaram a guerra para o conflito entre as classes.
A burguesia como classe parasitaria, depende do proletariado para a sua sobrevivência ou seja para poder acumular e assim manter como classe dominante precisa roubar a riqueza produzida pelo operário. Burguesia e o proletariado são duas classes interligada dialeticamente uma com a outra, ou seja são duas classes que precisam uma da outra para poder se manter. Mas o objetivo da burguesia é acumular capital e o objetivo do proletariado é deixar de ser explorado e ter uma vida digna, ou seja para a burguesia acumular ela precisa necessariamente explorar e oprimir o proletariado que por vez luta para emancipar toda a sociedade de toda exploração e opressão, portanto estas classes estão em guerra uma com a outra.
Esta realidade é concreta, pois desde as altas jornadas de trabalho que é imposto para o proletariado, a repressão policial em que o trabalhador tem que conviver todo dia e através dela que a burguesia retira a sua casa, mata seus filhos ou até mesmo te mata, ter que sair de madruga e pegar 2 ônibus lotado para poder chegar ao serviço e ser ameaçado de demissão pelo seu patrão, ter que agüentar a rotina alienante de trabalho, casa, casa e trabalho e ser ameaçado de despejo da sua casa pois não pagou os impostos de sua casa para o Estado burguês. Enquanto isso, o mesmo trabalhador que vive esta vida de miséria tem que se ver afundando na pobreza vendo o seu patrão, os burocratas de Estado e os grandes capitalista tendo uma vida luxuosa a custa de explorar o proletariado.
Obviamente que vira o sentimento de ódio da classe operaria contra o seus opressores, expressando claramente a cada vez que o operário precisa se confrontar contra o seu patrão ou em ultima estância contra todos os patrões que tem um interesse comum em explorar a classe operaria. Este ódio colocado como irracional pela burguesia, mostra que dentro da sociedade dividida em classes tem interesses opostos e inconciliáveis mostrando que existe confronto dentro da sociedade e que essa luta faz o motor da historia girar. Assim como o exercito que foi humilhado pelo seu inimigo e na próxima luta marcha contra o exercito opressor querendo vingança, o proletariado marcha com ódio da burguesia opressora para poder fazer o motor da historia avançar e sim emancipar toda a sociedade.
A cada luta que o operariado tem que se enfrentar contra o seu patrão, ele percebe que tem interesses inconciliáveis a quem tem explorada e que tem interesses em comum com o outro operário que está ao seu lado na mesma batalha. Este sentimento de classe, que constitui a moral do proletariado é o elemento fundamental para a classe operaria marchar rumo a vitoria, pois faz com que ela confie nas suas próprias forças para poder vencer a burguesia assim como o elemento. O ódio contra o seu inimigo e o sentimento de moral das tropas são elementos fundamentais para a vitoria.
A burguesia para legitimar seus interesses, impõe a sua visão para todos os dominados como se fosse o caminho ‘’correto’’ para toda a sociedade seguir, pois é algo ‘’natural’’  portanto é ‘’inquestionável’’. Na raiz desta concepção está a dominação de classe da burguesia contra o proletariado e o povo pobre.  Nesse sentido, contra o sentimento de ódio ‘’irracional’’ das ‘’bestas de cargas’’ que ‘’não possuem vontade própria’’ é colocado o ‘’racional’’, a ‘’saída correto a ser seguido’’ e a ‘’posição neutra  e cientifica em defesa do bem comum contra as posições ideológicas que representam interesses particulares’’. É legitimado portanto o fato do proletariado que produz toda a riqueza da sociedade ser destituído de qualquer direito para manter a sua sobrevivência, sendo assim tendo que viver apenas com um salário mínimo de fome e miséria.
Ao contrario das visões de ‘’que a sociedade deveria estar unida’’ ou ‘’é necessário amar o seu próximo seja qual for sua classe’’, o ódio da classe operaria e do povo pobre contra os seus opressores é legitimo pois é a revolta contra aqueles que pregam ‘’a paz social’’ mas utilizam da violência para desapropriar suas casas, acabar com os piquetes e punir aqueles que desafiam o sistema capitalista. É ódio da única classe que pode transformar as relações de produção, assim em ultima estância é o ódio daqueles que podem dar uma saída concreta a miséria que o capitalismo impõe em diferentes esferas sociais.

Um comentário:

  1. Ao contrario das visões(pequena-burguesas) de ‘’que a sociedade deveria estar unida’’ ou ‘’é necessário amar o seu próximo seja qual for sua classe’’, o ódio da classe operaria e do povo pobre contra os seus opressores é legitimo

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