domingo, 28 de abril de 2013

Angola proíbe operação de igrejas evangélicas do Brasil



PATRÍCIA CAMPOS MELLO

DE SÃO PAULO
Do site da Folha - PIG

O governo de Angola baniu a maioria das igrejas evangélicas brasileiras do país.
Segundo o governo, elas praticam "propaganda enganosa" e "se aproveitam das fragilidades do povo angolano", além de não terem reconhecimento do Estado.
"O que mais existe aqui em Angola são igrejas de origem brasileira, e isso é um problema, elas brincam com as fragilidades do povo angolano e fazem propaganda enganosa", disse à Folha Rui Falcão, secretário do birô político do MPLA (Movimento Popular de Libertação de Angola) e porta-voz do partido, que está no poder desde a independência de Angola, em 1975.
Cerca de 15% da população angolana é evangélica, fatia que tem crescido, segundo o governo.
Em 31 de dezembro do ano passado, morreram 16 pessoas por asfixia e esmagamento durante um culto da Igreja Universal do Reino de Deus em Luanda. O culto reuniu 150 mil pessoas, muito acima da lotação permitida no estádio da Cidadela.
O mote do culto era "O Dia do Fim", e a igreja conclamava os fiéis a dar "um fim a todos os problemas que estão na sua vida: doença, miséria, desemprego, feitiçaria, inveja, problemas na família, separação, dívidas."
O governo abriu uma investigação. Em fevereiro, a Universal e outras igrejas evangélicas brasileiras no país -- Mundial do Poder de Deus, Mundial Renovada e Igreja Evangélica Pentecostal Nova Jerusalém-- foram fechadas.
Editoria de Arte/Folhapress
No dia 31 de março deste ano, o governo levantou a interdição da Universal, única reconhecida pelo Estado.
Mas a igreja só pode funcionar com fiscalização dos ministérios do Interior, Cultura, Direitos Humanos e Procuradoria Geral da Justiça. As outras igrejas brasileiras continuam proibidas por "falta de reconhecimento oficial do Estado angolano". Antes, elas funcionavam com autorização provisória.
As igrejas aguardam um reconhecimento para voltar a funcionar, mas muitas podem não recebê-lo. "Essas igrejas não obterão reconhecimento do Estado, principalmente as que são dissidências, e vão continuar impedidas de funcionar no país", disse Falcão. "Elas são apenas um negócio."
Segundo Falcão, a força das igrejas evangélicas brasileiras em Angola desperta preocupação. "Elas ficam a enganar as pessoas, é um negócio, isto está mais do que óbvio, ficam a vender milagres."
Em relação à Universal, a principal preocupação é a segurança, disse Falcão.


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4 comentários:

  1. O governo de Angola baniu a maioria das igrejas evangélicas brasileiras do país.
    Segundo o governo, elas praticam "propaganda enganosa" e "se aproveitam das fragilidades do povo angolano", além de não terem reconhecimento do Estado.

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  2. Camarada Carlos Maia, eu não gosto muito de falar sobre coisas pelas notícias que vejo em revistas e jornais do Brasil! Muitos desses meios sim, com certeza eu gostaria de fechar e proibir de falar bostas! Mas irei te falar do que eu sei e conheço de perto. Em Cuba, as igrejas para se estabelecerem tem que apresentar um programa dos pressupostos que defendem, as ações que planejam executar, não podem recolher dinheiro ou vender nada. E muito menos podem nas suas pregações se meter a falar sobre assuntos do estado!! E se falarem tem sempre gente pronta para ouvir e apurar. As igrejas evangélicas em Cuba não se metem com o governo, não tomam posturas anti-revolucionárias. Os evengélicos são permitidos até como forma de diminuir a força da igreja católica, muito reacionária na Ilha e os padres são quase todos espanhóis, que querem colocar as mangas de fora!

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  3. E deixaram a pior de todas!

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  4. O símbolo da capa do seu Blog deveria ser uma língua e um saco de cocaína, por que gosta de falar mal dos outros, não gostam de trabalhar (os marxistas coxinhas), e vivem viajando na maionese. Ao invés de foice e martelo; que diga-se de passagem, tenho certeza que você não viveu a época do comunismo soviético, nem quer saber quantos foram oprimidos e viveram na merda naquele país. Na verdade, acho que vocês são pseudo intelectuais travestidos de revolucionários.

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