sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Ziugánov: Rússia acerta ao impedir Ocidente de derrubar Al-Assad


                                Guenady Ziuganov

Do Portal Vermelho

O candidato à presidência da Federação Russa, Guenadi Ziugánov, pelo Partido Comunista do país, em entrevista à agência Interfax, mostra seu ponto de vista em relação aos acontecimentos que estão sendo produzidos na Síria.


O líder do PCFR considera correta a postura da Rússia em relação aos acontecimentos que ocorrem no país árabe e está convencido de que o presidente daquele país, Bashar al-Assad, não deve renunciar.

"A Rússia trabalhou de modo absolutamente correto ao bloquear no Conselho de Segurança da ONU a aprovação da resolução sobre a Síria, destinada na prática a derrubar seu legítimo governo", declarou Ziugánov a Interfax.

Ziugánov qualificou de "aventureira" a política dos Estados Unidos e uma série de países ocidentais em relação ao país do Oriente Médio. "O que estamos vivendo hoje é a continuação desse conluio, inspirado pelos norte-americanos e os países do Ocidente, que tem por objetivo a derrubada do governo sírio, indesejável para eles".

O líder do PCFR está convencido de que o governo de Moscou "deve seguir mantendo conversações, tanto com o governo sírio como com alguns representantes da oposição". 

Ziugánov lembra que, com parte da oposição, é preciso ter um cuidado especial, para separar dela os que são criminosos e mercenários, instalados pelo Ocidente para derrubar o governo.

O dirigente lembrou também que em novembro de 2011, o birô político do Comitê Central do PCFR se pronunciara sobre o tema com uma resolução especial, na qual se reflete a postura dos comunistas russos sobre a situação na Síria.

"Em breve emitiremos um novo comunicado sobre a Síria", prometeu Ziugánov.

"Provoca repulsa a utilização da Liga Árabe na aventura contra a Síria. A Liga, uma organização fundada para reforçar as relações entre seus membros e coordenar a atividade política com o objetivo de defender seus interesses, se converteu em um instrumento de ingerência nos assuntos de outros estados, em uma arma para a aplicação das políticas agressivas dos Estados Unidos", diz parte da declaração do PCFR de novembro passado.

Nela se afirmava também que a "constante pressão sobre a Síria, a intromissão nos assuntos internos, é conduzida sob os pretextos cínicos e hipócritas da defesa dos direitos humanos e da democracia". Em relação à Síria "se produz uma intervenção midiática e uma aberta ingerência dos Estados Unidos e seus aliados nos assuntos internos do país.

Os representantes oficiais desses países conclamam abertamente aos extremistas a intervenção armada e que a oposição evite todo e qualquer contato com o legítimo governo da Síria, algo que acontece justo quando o presidente Al-Assad não só anunciou importantes reformas políticas, como as coloca em prática de um modo consequente", dizia o documento aprovado em novembro pela direção do PCFR.

Fonte: PCFR. Traduzido para o espanhol por Josafat Comín e vertido para o português pela redação do Vermelho

www.blogdocarlosmaia.blogspot.com   Carlos Maia
http://www.vermelho.org.br/noticia.php?id_noticia=175326&id_secao=9

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